15 fevereiro 2010

Diga Aonde Dói - Espaço 2

Foto de Beto Bolliger
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Todo mundo dói de vez em quando
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Súbita Cia. de Teatro traz de volta ao cartaz espetáculo que trata de temas profundos como a dor transformada pelo amor e pela compaixão
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Publicado em 23/07/2009 | JULIANA GIRARDI
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“Everybody hurts, sometimes” (“Todo mundo dói, às vezes”). Os versos imortalizados pela potente voz de Michael Stipe, vocalista e um dos fundadores da banda norte-americana R.E.M., na canção “Everybody Hurts”, resumem de forma certeira a temática que move o espetáculo Diga Aonde Dói, que os curitibanos da Súbita Cia. de Teatro apresentam, a partir desta quinta-feira (23), no Espaço Dois. “É uma montagem muito pessoal, fundamentada em nossos próprios questionamentos. Mas as pessoas acabam criando uma identificação, pois algumas dessas questões são universais. Todos nós sentimos dor, desde que nascemos”, analisa a diretora da peça, Maíra Lour.
Pela terceira vez nos palcos – a primeira foi na estreia da companhia, em dezembro do ano passado, e a segunda durante o Festival de Curitiba – a montagem, de acordo com Maíra, amadureceu desde que foi criada, coletivamente, pelos cinco integrantes do grupo. Uma das mudanças mais aparentes pode ser conferida no elenco. Mo¬¬rando em São Paulo, onde chegou a trabalhar com o diretor Felipe Hirsch, a atriz Sol Faga¬nello foi substituída por Juliana Adur, que também trouxe suas “dores” ao espetáculo. “Com ela vieram novos elementos, novas ideias, inerentes à sua personalidade”, conta a diretora.
Os flertes com outras vertentes artísticas, como o cenário criado pelo coletivo de ilustradores Mucha Tinta e a movimentação típica da dança contemporânea, continuam presentes em Diga Aonde Dói nesta nova temporada. “É uma maneira de trazermos ao teatro pessoas que curtem outros tipos de arte”, justifica.
Também presente, está a leveza que os integrantes tanto se esforçaram para levar ao palco, evitando assim, o caminho mais óbvio ao tratarem de uma temática tão densa. “O espetáculo não é nada depressivo, apesar de ser profundo. Lidamos com temas como perda e morte, mas, no final, a dor é transformada pelo amor e pela compaixão”, adianta.
Tanto que o amor será o tema do próximo espetáculo da Súbita, atualmente em processo de criação. “São temáticas que se completam”.

Um comentário:

ENÉAS LOUR disse...

Vejam a postagem no blog http://eneaslour.blogspot.com
CAMPANHA LEVE A SÚBITA PRA COLÔMBIA!